Passado e presente se encontram no Financial District, área que cobre a parte sul da ilha de Manhattan. Wall Street fica aqui, assim como outros lugares que marcaram a história de Nova York e dos Estados Unidos.
No lado oeste do Financial Distric você encontra o National September 11 Memorial & Museum, com acervo emocionante que observa o que ocorreu antes, durante e depois dos atentados terroristas de 11 de setembro. A praça ao lado tem duas piscinas idênticas, que ocupam o local onde antes ficavam as torres. Essas piscinas têm as maiores cachoeiras artificiais da América do Norte.
Rumo ao céu – e um pouco ao norte da praça memorial – está o One World Trade Center, o prédio mais alto do Ocidente e o quarto mais alto do mundo. Foi entregue em 2014 e mede 1776 pés, numa referência ao ano em que os Estados Unidos declararam sua independência. Uma subida de elevador de 45 segundos leva até o topo, onde você pode se deslumbrar com uma vista de 360 graus de Nova York a partir do One World Observatory.
Um pouco ao leste você vê a Broadway e a St. Paul’s Chapel, uma igreja Episcopal e o prédio público em uso contínuo por mais tempo em Manhattan (desde 1766). Após os ataques de 11 de setembro de 2001, o local passou por uma extraordinária reforma de oito meses, feita por um grupo de voluntários. A capela é uma ramificação da Trinity Church (um pouco mais ao sul na Broadway), que preserva um antigo cemitério onde está enterrado Alexander Hamilton, um dos fundadores dos Estados Unidos.
A Trinity Church está no topo de Wall Street, sede do New Stock Exchange (Bolsa de Valores de Nova York), e perto do Museum Of American Finance. George Washington, primeiro presidente da América, foi empossado no local onde hoje está o Federal Hall National Memorial. O memorial reúne informações e artefatos, inclusive a Bíblia usada na cerimônia de posse de Washington.
Outros museus de downtown incluem o South Street Seaport, uma coleção de estruturas históricas na beira do East River, onde a vida da cidade de Nova York começou há cerca de 400 anos. Além de navios históricos, o distrito tem ruas de paralelepípedos e oportunidades para comer, fazer compras, caminhar e aproveitar a vista para o rio. O Museu of Jewish Heritage retrata a cultura judaica no início do século 20 e aborda a história do Holocausto, contada pelo ponto de vista das pessoas que passaram pela experiência.
O National Museum of the American Indian é o lar do maior acervo do mundo sobre arte e objetos de índios americanos. O Skyscraper Museum trata os arranha-céus como objetos de design e produtos tecnológicos. O Battery Park tem diversos monumentos em homenagem a exploradores, soldados, inventores e imigrantes. O mais conhecido é a escultura A Esfera, de aço e bronze, feita por Fritz Koenig. A obra de mais de 20 mil quilos ficou exposta na fonte da Tobin Plaza, dentro do complexo World Trade Center, de 1971 a 2001. A escultura, atualmente amassada e danificada, está ao lado de uma chama eterna, em homenagem às vítimas dos ataques de 1993 e 2001. Outros monumentos e memoriais no Battery Park são: a estátua do explorador italiano Giovanni da Verrazzano, o Monumento Holandês (em homenagem à criação de Nova Amsterdã pelos holandeses), o Monumento dos Veteranos Noruegueses (da II Guerra Mundial), Os Imigrantes (do escultor Luis Sanguino), e o Monumento dos Colonos Walloon (concebido pelo arquiteto Henry Bacon para celebrar as 32 famílias belgas Huguenot que colonizaram Nova Amsterdã com os holandeses em 1624). Muitas empresas que fazem tour pelos pontos turísticos de Nova York começam o trajeto pelo Financial District. Companhias como Circle Line Downtown e New York Water Taxi partem da região de South Street Seaport e oferecem passeios de barcos que permitem ver a Estátua da Liberdade, o Empire State Building e muito mais. A Staten Island Ferry oferece serviço grátis para Staten Island (para retornar, você tem que sair e reembarcar). Também é possível explorar o céu com a Helicopter Flight Services, que decola do Píer 6, à beira do East River. Para visitar a Estátua da Liberdade, a Statue Cruises é a fonte oficial para ingressos na balsa que leva à Liberty Island. É preciso comprar ingressos online, por telefone ou pessoalmente no Castle Clinton, no Battery Park (somente visitar a ilha). Para entrar na Estátua é necessário fazer reserva antecipada online, por telefone ou pessoalmente no Castle Clinton.
Dedicada em 1886, a Lady Liberty, como é chamada, continua a ser um símbolo universal de liberdade política e democracia.
Desde a época em que colonizadores holandeses e britânicos tomavam conta da ilha, Manhattan tem sido uma espécie de porto seguro para os imigrantes. Uma das mais resistentes comunidades de estrangeiros, presente desde o fim do século 19, é Chinatown. Aqui, a tradicional cultura chinesa está tão profundamente enraizada que o bairro preserva mais o clima da China de antigamente do que o de sua industrializada realidade atual. Todos costumam pensar na região quando o Chinese Lunar New Year (o Ano Novo Chinês) ocorre em fevereiro. Entretanto, tirando o dim sum, os fogos de artifício e as danças do dragão, o lugar ainda é um mistério para a maioria dos nova-iorquinos.
O Museum of Chinese in America é o lugar perfeito para começar a explorar Chinatown. Voltado à preservação e à interpretação da história e da cultura de chineses e seus descendentes no Ocidente, o MOCA reúne itens únicos, de documentos raros a artefatos de valor inestimável, todos indispensáveis para entender a cultura local.
A Chatham Square, praça instalada no cruzamento das ruas East Broadway e Bowery, sedia o Kim Lau Memorial Arch, um arco erguido em 1962 para homenagear os imigrantes chineses e seus descendentes americanos que morreram na Segunda Guerra Mundial. Logo ao lado, uma estátua representa Lin Ze Xu, o homem que foi nomeado pelo Imperador da China em 1838 para erradicar o ópio no país. Ao norte da Chatham Square, entre as ruas Canal e Bowery, a Confucius Plaza abriga a estátua do famoso filósofo chinês Confúcio, que exibe, na base, alguns de seus pensamentos, inscritos em chinês e em inglês.
Embora não faltem pontos turísticos a Chinatown, a comida é, certamente, sua maior atração. Há restaurantes por todos os cantos, servindo dim sum, sopas de noodle chinesas e vietnamitas, receitas típicas de Xangai. Para mais informações sobre o bairro, você também pode visitar www.explorechinatown.com.
Zeppole, tiramisu, gelato, e biscoitos Oreos fritos! Braciole de porco, linguiça e pimentão! Para muitos de nós, os maravilhosos sabores são o destaque de Little Italy, e a melhor época para prová-los é durante a Festa de San Genaro, que ocorre nos meses de setembro. A comida pode até ser a grande atração do bairro, mas não é o único motivo para visitá-lo.
Os católicos de Little Italy têm se reunido na St. Patrick’s Old Cathedral desde que a igreja foi criada, em 1809. A catedral deixou de ser a sede da Arquidiocese e virou uma igreja paroquial depois que a “nova” e imponente Saint Patrick’s Cathedral foi erguida em 1979. O local tem um órgão Erben 3-41 feito em 1852, e um grandioso altar de mármore decorado com folhas de ouro. No labirinto subterrâneo da igreja estão enterrados muitos católicos renomados, como os primeiros bispos da cidade.
Quando passear pelas ruas de Little Italy você vai perceber uma cúpula esverdeada apontando para o céu. Este complexo de apartamentos na Centre Street (entre as ruas Grand e Broome) funcionou como New York’s Police Headquarter Building (Sede da Polícia de NY) durante 60 anos. Com colunas da ordem coríntia do lado de fora, a antiga sede foi construída em 1909 e revela a visão americana sobre o estilo parisiense de Belas Artes do século 19.
O passeio por Little Italy fica incompleto sem uma bela refeição num dos ótimos restaurantes italianos. Experimente The Original Vincent’s, La Mela, ou Grotta Azzurra. Dica: as ruas perpendiculares também têm boas opções.
O Festival de San Genaro, mencionado acima, é uma famosa saudação ao santo patrono de Nápoles, celebrada por dez dias nos meses de setembro. As festas de rua – incluindo paradas, música ao vivo, barracas de comida e competições de quem come mais cannoli – são acompanhadas por uma missa e procissão com velas. Nesta ocasião, uma imagem do santo é retirada da igreja Most Precious Blood, na Mulberry Street.
Entre os destaques do festival há refeições nos restaurantes mais famosos de Little Italy e nas mais de 300 barracas de rua com autorização para servir comida. Além disso, toda noite tem música ao vivo num palco montado na esquina da Grand com a Baxter Street. As apresentações são grátis e variam de folk italiano a rock clássico.
O Lower East Side é sempre lembrado como um local boêmio, que atrai os jovens hipsters com boutiques descoladas, restaurantes discretos e vida noturna. Delimitado pelas ruas Houston, Bowery e pelo East River, o Lower East Side atraiu no passado muitos imigrantes judeus, e as fartas delis (um misto de mercearia e lanchonete) da área ainda servem porções gigantescas de sanduíche de pastrami no pão de centeio.
As lojas do Velho Mundo continuam por lá, assim como as delis judaicas e o comércio de rua que ocorre aos domingos. Mas agora eles ficam ao lado de butiques descoladas, cafés estilosos, galerias de arte e casas noturnas. Localizado entre Chinatown e Little Italy, o bairro é um verdadeiro mix entre o clássico e o contemporâneo.
Passeie pelo Tenent Museum, uma homenagem às 7.000 pessoas vindas de 20 nações que já moraram na região. Veja apartamentos bem preservados e escute as histórias das famílias de imigrantes que sofreram para sobreviver e depois prosperar nos Estados Unidos. Ligue para reservar um tour.
Visite o Museum at Eldridge Street, construído em 1887. Trata-se da primeira sinagoga do Leste Europeu na cidade. O local passou por uma restauração entre 1986 e 2007, atualmente abriga eventos públicos, assim como Shabat e cerimônias em feriados judaicos. Tours também podem ser reservados.
Pertinho da Bowery você encontra o New Museum, fundado em 1977 dedicado ao que existe de mais contemporâneo na arte. Seus cindo andares são preenchidos por exposições temporárias que exploram todos os aspectos da arte – escultura, pinturas, vídeo e instalações que desafiam os limites tradicionais do mundo artístico.
Compras com desconto são um dos principais atrativos do bairro, e quem gosta de barganhar vai amar a mistura eclética de moda e lojas de tecido da Orchard Street.
Famoso por seu bialys (um pão judaico que lembra o bagel) e jarras de pickles salgados, o menu do LES (Lower East Side) foi expandido nos últimos anos. Confira a Katz’s Delicatessen, a maior e mais antiga da cidade, ou saboreie um delicioso sorvete artesanal no Il Laboratorio del Gelato. O restaurante The Meatball Shop rapidamente se tornou um dos lugares preferidos do bairro (prepare-se para a fila de espera). E isso é apenas o começo…
O nome é uma junção das palavras “Triangle Below Canal”, uma vez que Tribeca tem formato triangular e começa, ao norte, na Canal Street. O bairro termina, ao sul, em Park Place e vai desde o Hudson River até a Broadway. A paisagem é dominada por ruas de paralelepípedos e antigos prédios industriais que foram transformados em lofts e apartamentos amplos e luxuosos. Muita gente acredita que o grande atrativo do local é a comida. Nos restaurantes da região você consegue achar desde burritos e sushis até sobremesas caseiras. Aqui também é o lugar certo para comprar móveis – tanto vintage quanto contemporâneos. Em abril ocorre o Tribeca Film Festival, presidido pelo ator e morador do bairro Robert De Niro. O evento atrai muita atenção da indústria cinematográfica e destaca a vitalidade cultural da parte sul de Manhattan. No último dia da mostra há ainda o popular Tribeca Family Festival Street Fair, entre as ruas Humbert e Chambers. Para ver a programação completa, confira www.tribecafilm.com.
Os jovens e os moderninhos sempre são atraídos para o East Village. Foi assim como os beatniks nos anos 50, hippies nos anos 60 e os punks nos anos 70 e 80. Esse pessoal da vanguarda criou uma variedade interessante de casas noturnas alternativas, teatros e shows experimentais, butiques descoladas e estúdios de tatuagem. Nos últimos anos, o CBGB (bar famoso por divulgar o punk rock) foi substituído por uma loja do estilista John Varvatos, e apartamentos de luxo pipocaram pelo bairro, mas muito do espírito original continua – inclusive a escultura Alamo, mais conhecida como “Astor Place Club”, na 8th Street próximo à 4th Avenue. A rua St. Marks Place, que parece mais um bazar a céu aberto do que uma via residencial, é um tipo de Santa Mônica da Costa Leste. Tem lojas de camisetas, de CDs, bares e restaurantes espalhados pela calçada – se bem que o local tem ficado mais arrumadinho recentemente. O agito de verdade começa por aqui depois que o sol se põe: portas sem sinalização escondem alguns dos lugares mais badalados da cidade, e o som de James Brown sai de um bar enquanto canto céltico vem de outro. Neste bairro, há dois espetáculos bem famosos: Stomp e Blue Man Group. Também está na área o renovado Public Theater, onde o musical Hamilton começou. Outro ponto alto é o Tompkins Square Park, lar de eventos anuais como o Charlie Parker Jazz Festival e do ponto de encontro de cachorrinhos no Tompkins Square Dog Run. A Sixth Street, entre a First e a Second Avenues, reúne maravilhosos restaurantes indianos. Ramen e culinária tailandesa também são boas opções por aqui. Aberto em 1854, o McSorley’s Old Ale House é o bar mais antigo da cidade, e aparentemente muito pouco mudou nos últimos 160 anos.
Significa South of Houston Street (Sul da rua Houston). Nenhum outro bairro de Nova York mudou tanto no decorrer dos anos quanto o SoHo. Localizada diretamente ao sul da Houston Street, no lado oeste de Manhattan (limitado pela Lafayette Street ao leste, Canal Street ao sul e Varick Street ao oeste), essa região simpática, bonita e cheia de história serve de endereço a algumas das melhores lojas, restaurantes e galerias de arte de vanguarda.
Por boa parte do século 20, o SoHo não passava de uma decadente e negligenciada comunidade de industriários e mercadores. Em meados da década de 1960, no entanto, os preços cada vez mais altos dos aluguéis de Manhattan fizeram com que os artistas das redondezas se mudassem para os grandes lofts do bairro. Por causa desses imóveis com muita luz natural e aluguéis que, na época, eram baratos, o SoHo tornou-se a nova sede da cena artística de Nova York. As galerias de arte rapidamente começaram a se fixar ali, trazendo à área muito dinheiro – além de um novo tipo de público, chique e artístico.
É bem verdade que a cena artística atual está mais presente no West Chelsea do que no Soho, mas o bairro se mantém moderno e eclético. O leque de lojas varia entre redes nacionais e butiques exclusivas, e vai de Marc Jacobs a H&M e The Evolution Store (o local que vende itens colecionáveis geralmente só encontrados em museus de história natural). As maiores lojas concentram-se na Broadway e as pequenas se espalham a partir dali. Há também o New York City Fire Museum, que conta a história do New York City Fire Department (o Corpo de Bombeiros da cidade), o Angelika Film Center e o Children’s Museum of Arts.
Bem estabelecido, próspero e comercial, o SoHo certamente não é mais aquele reduto boêmio dos anos 1970, mas continua a ser um lugar charmoso para caminhar por ruas de paralelepípedos e observar a velocidade com que as mudanças ocorrem em Nova York.
Costuma-se dizer que o bairro nova-iorquino de Greenwich Village remete a Paris, com suas ruas de paralelepípedos, suas casas geminadas, seus bistrôs e restaurantes. Para conhecer um pouco da história do bairro, percorra as ruas Charlton, King e Vandam a partir da Sixth Avenue, a algumas quadras ao sul da West 4th Street. Na década de 1820, o empresário John Jacob Astor adquiriu essa área e a desenvolveu erguendo casas de acordo com o “federal-style” (estilo de arquitetura neoclássica que predominou no país até o início do século 19). Esse tipo de construção, que chegou a tomar conta de Lower Manhattan, tem sua memória bem preservada no pequeno enclave do Village. Antes da chegada de John Jacob, a região já tinha sido endereço da propriedade conhecida como Richmond Hill. Além de ter funcionado como posto de comando para George Washington durante a Guerra da Independência, o local serviu de lar a John Adams, o segundo presidente americano, quando Nova York era a capital da nação. Na Washington Square North, entre University Place e MacDougal Street, está o chamado The Row: um conjunto de duas quadras em que se alinham preservados condomínios de estilo neoclássico e do mencionado “federal-style”.
A Washington Square foi construída para ser um cemitério de vítimas da febre amarela – entre 10 e 22 mil corpos ainda descansam sob o movimentado parque. No início do século 19, as principais atrações do local eram os desfiles e as execuções públicas, agora substituídas pelas apresentações de artistas de rua e skatistas e também pelas competitivas disputas de xadrez realizadas no canto sudoeste. Do outro lado da Fifth Avenue, no lado norte do parque, está o Washington Square Arch, o famoso arco cuja primeira estrutura foi erguida em 1889 para marcar o centenário da ocasião em que George Washington assumiu oficialmente a presidência dos Estados Unidos.
Importante para a história da literatura americana, o bairro serviu de residência a ícones como Henry James, que nasceu e viveu próximo ao Washington Square. Na MacDougal Street, a casa de tijolos vermelhos instalada nos números 130-132 pertenceu à Louisa May Alcott, que ali escreveu Little Women – hoje, o lugar está rodeado por clubes de jazz, restaurantes étnicos e cafeterias que chegaram a inspirar muitos beatniks. Espremido em um espaço de pouco menos de 3 metros na 75 1/2 Bedford Street, a casa mais estreita da cidade de Nova York já foi lar, em diferentes momentos, da poetisa e dramaturga Edna St. Vincent Millay e do ator John Barrymore. Em uma travessa da West Tenth Street fica o Patchin Place, que teve como moradores o poeta Edward Estlin Cummings (usualmente abreviado como e. e. cummings) e o dramaturgo Eugene O’Neill.
A Seventh Avenue encontra a Christopher Street na Sheridan Square. Em 1863, durante os sangrentos tumultos conhecidos como “Draft Riots”, uma multidão enfurecida arrastou escravos libertos para a região que vai da praça até a Gay Street com a intenção de que fossem linchados. Bem mais tarde, em 1969, gays que frequentavam o bar Stonewall Inn (53 Christopher St.), nos arredores, enfrentaram policiais em uma rebelião que foi considerada por muitos o ponto de partida para o movimento em defesa dos direitos dos homossexuais. O Stonewall Inn fechou as portas depois do incidente, mas ganhou status de monumento histórico em 1999. Até hoje, a Christopher Street se mantém como reduto da cultura de gays e lésbicas.
Todos os anos, o Greenwich Village ainda sedia o Heritage of Pride March (Parada do Orgulho LGBT) e a Halloween Parade (Desfile de Dia das Bruxas), dois importantes eventos populares de Nova York.
Situado ao oeste da Fifth Avenue e ao norte da 14th Street até mais ou menos a 30th Street, o Chelsea foi por muito tempo conhecido por seus “brownstones” (prédios de arenito construídos antes da década de 1940) e pelas tranquilas e arborizadas ruas residenciais. Nos últimos anos, no entanto, o bairro passou a ser um dos preferidos de nova-iorquinos e turistas pela abundância de galerias de arte, bares e restaurantes – todos com um notável toque chique.
O Chelsea também ficou famoso por ser um bairro gay friendly, embora um variado grupo de pessoas viva ali. Ainda que a vizinhança seja residencial em sua maior parte, bares e lojas de roupas e sapatos estão sempre movimentados. Chelsea Piers, um enorme complexo esportivo com bons lugares para comer e para comprar itens relacionados a esportes, também é uma boa parada para quem visita a região.
Nos arredores da 14th Street e da Ninth Avenue, o Meatpacking District é um dos pontos mais descolados da cidade. Quem poderia pensar que o hype iria invadir esse território de ruas de paralelepípedos? O Whitney Museum of American Art se mudou para cá em 2015, trazendo suas provocadoras exposições de arte e seus mestres da pintura americana do século 20 para um prédio espetacular à beira do rio. Pois quando o sol se põe, grupos de baladeiros se reúnem do lado de fora do mais novo clube ao estilo “para ver e ser visto”, enquanto celebridades não param de atravessar as portas. Há ainda inúmeras lojas de grife, incluindo Alexander McQueen e Diane von Furstenberg. Consulte o site www.meatpackingdistrict.com para ter uma completa lista de lojas, restaurantes e casas noturnas.
Outra atração do Chelsea, o incrível parque público High Line foi construído sobre uma linha de trem elevada, instalada acima das ruas do West Side. O belíssimo cenário e a vista de perder o fôlego para a cidade não são, contudo, os únicos predicados do parque. A associação Friends of the High Line promove ali diversos passeios e programas grátis ou de baixo custo, envolvendo arte, jardinagem, design e história.
Para comprar praticamente qualquer tipo de flor, planta, ou acessório para seu jardim, o Flower District é o melhor lugar. Espalha-se ao longo da Sixth Avenue na altura da 20th até a 30th Street, e concentra-se, sobretudo, na 28th Street. Das ruas 23rd até 26th, entre as avenidas Sixth e Seventh, surge o Antique District. Em dias úteis, essa região fica menos cheia, quase reservada aos consumistas mais vorazes, que gastam um bom dinheiro em alguns dos caríssimos antiquários. No fim de semana, contudo, os mercados de pulgas lotam a área e as barganhas na compra de antiguidades se tornam imperdíveis.
Antes mais agrupadas no Soho, as galerias de arte agora também fazem a fama do Chelsea. Para ter uma boa lista das exibições em cartaz nas galerias e nos museus do bairro, visite o site chelseagallerymap.com
O charme pitoresco das ruas arborizadas e a importância histórica transformaram o Chelsea em um refúgio seguro dentro da barulhenta e agitada Nova York que todos nós conhecemos – e amamos. Mas se você está mesmo a fim de experimentar a verdadeira Nova York não deixe de inclui-lo no roteiro.
Nessa área de Manhattan estão alguns dos lugares mais icônicos da cidade. O Empire State Building é uma obra de arte de 102 andares no estilo Art Deco e provavelmente a construção mais famosa de Nova York. Como bem sabem os fãs dos filmes Sintonia de Amor, King Kong e Tarde Demais para Esquecer, o deque de observação é um local muito romântico.
O Empire State Building fica um pouco para o leste da Herald Square, região que também abriga a principal loja da Macy’s e várias lojas de marca. (Herald Square é também o ponto final da Parada de Thanksgiving da Macy’s). Lugares que vendem roupas de pele no atacado estão na região da 29th Street com a Seventh Avenue (conhecida com a Avenida da Moda).
O Garment District, localizado no perímetro entre a Fifth e a Ninth Avenues e da 34th a 42nd Street, é considerado o centro da fabricação de moda e design nos Estados Unidos. A calçada da fama Fashion Walk of Fame percorre o lado leste da Seventh Avenue desde a 35th até a 41st Street e entre os homenageados estão Marc Jacobs, Betsey Johnson, Calvin Klein, Donna Karan, Oscar de la Renta e Ralph Lauren.
O Madison Square Garden fica em cima da Penn Station, na esquina da 34th Street com a Seventh Avenue. É a casa dos times Knicks, Rangers, Liberty e ainda abriga vários shows e espetáculos – há uma novidade a cada fim de ano. A Penn Station é a estação de trem mais movimentada dos Estados Unidos, conectada com a ferroviária Amtrak, o MTA (ônibus e metrôs da cidade de Nova York), New Jersey Transit e Long Island Rail Road. O Port Authority Bus Terminal fica na Seventh Avenue com a 42nd Street.
Você vai encontrar o Bryant Park e a maior unidade da New York Public Library na esquina da Fifth Avenue com a 42nd Street. O parque abriga muitos eventos importantes da cidade, como a Semana de Moda, cinemas ao ar livre na segundas-feiras à noite durante o verão, e o Winter Village at Bryant Park durante o inverno, que oferece uma pista de patinação no gelo grátis (o aluguel de patins é pago) de outubro a janeiro. A New York Public Library é um belo prédio no estilo belas artes, entregue em 1911, que recebe exposições interessantes. Sua coleção de livros e raridades faz desta uma das bibliotecas mais importantes do mundo.
Midtown não é apenas o centro de Manhattan, mas também o ponto central da viagem de muitos turistas que visitam Nova York. Esta seção cobre o lado leste de Midtown, aproximadamente entre as ruas 14th e 42nd, ao leste da Fifth Avenue. As grifes famosas e as exclusivas lojas de roupa da Fifth Avenue transformaram esta área em uma das mais desejadas da cidade. Grupos de jovens ainda trouxeram ao local uma incrível vida noturna, animada pelos bares e restaurantes alinhados na Third Avenue. Localizada ao sul de Midtown East, entre as ruas 21st e 23nd e margeada pela Park Avenue South e pela Third Avenue, a região de Gramercy Park é lembrada por abrigar um homônimo e curioso parque. Pequeno e cercado por grades, ele é o último da cidade acessível apenas aos moradores dos prédios dos arredores. Murray Hill, outra área residencial, se estende da 29th até a 42nd Street, e se limita pelas Second e Fifth Avenues. Já as cercanias da Lexington Avenue e da 28th Street são procuradas pela alta concentração de restaurantes indianos. Midtown East também é endereço de alguns dos mais famosos edifícios e estruturas urbanas de Nova York. O Grand Central Terminal não é apenas a estação de trem mais conhecida do mundo, como também pode ser considerado um bom destino para passear, comer e comprar (há ali lojas de diferentes especialidades). A alguns passos do GCT, o Chrysler Building não está aberto ao público, mas se mantém como um dos melhores exemplos de art déco dos anos 1930, além de ser o quinto prédio mais alto da cidade. Também fica perto dali a sede da United Nations, a ONU - Organização das Nações Unidas, construída entre 1949 e 1952. Passeios guiados podem ser feitos todos os dias da semana. Com 56 andares, o Chanin Building é mais um célebre exemplo da art déco em Nova York. O Ford Foundation Building, por sua vez, representa a arquitetura dos anos 1960: com estrutura de vidro e aço, tem um belo jardim semitropical em seu interior, repleto de lírios d’água. Belas igrejas também são encontradas nessa região, incluindo a St. Patrick’s Cathedral, a St. Bartholomew’s Church e a St. Vartan Armenian Cathedral.
O bairro ainda serve de endereço a muitas instituições culturais e museus relevantes. Estão entre eles o Museum of Sex, o Japan Society, o Morgan Library & Museum e a Scandinavia House.
Times Square costuma ser um destino obrigatório no roteiro de quem visita Nova York pela primeira vez – e pode, mesmo, proporcionar uma experiência avassaladora e emocionante ao público. Os enormes cartazes de ícones da moda e as brilhantes propagandas conseguem distrair até mesmo um nova-iorquino que tente atravessar a densa multidão de pessoas com olhos voltados para o céu.
No passado, a Times Square era tida como uma parte decadente da cidade. Desde meados dos anos 1990, no entanto, seu espírito e estilo têm mudado dramaticamente. A região ainda é o coração da cidade, o ponto onde o comércio encontra as artes cênicas, mas a taxa de criminalidade caiu e as calçadas se incluíram entre as mais limpas de Nova York. Se não fossem os enormes e deslumbrantes letreiros, as notícias piscando nos displays, os muitos faróis de carro e o constante fluxo de 1,5 milhão de pedestres, você nem iria reconhecê-la hoje.
O que nunca mudou por ali foi a grande oferta de entretenimento. Todos os 39 teatros da Broadway (muitos deles são tombados) residem dentro dessa área.
Em direção ao norte (e a um ou dois quarteirões para o leste) está o Rockefeller Center, entre as avenidas Fifth e a Seventh e as ruas 49th e 51st. A mais famosa construção dessa região é o GE Building (o chamado “30 Rock”), que sedia os estúdios do canal de TV NBC, conhecidos pela gravação de “Saturday Night Live”, “The Tonight Show Starring Jimmy Fallon,” e “Today.” Nesse mesmo local, você encontra o passeio NBC Experience/Studio Tour e pode visitar o Top of the Rock, o concorrido deque de observação que reabriu em 2005 depois de passar vinte anos fechado.
Perto da Sixth Avenue está o Radio City Music Hall, conhecido como “vitrine da nação”, em que ocorrem apresentações como The Rockettes e Mighty Wurlitzer e o evento de Natal Christmas Spectacular, além de vários concertos e shows. As visitas ao local são realizadas a qualquer dia da semana, das 9:30h às 5h. Às vezes tratado como a “rua dos diamantes”, o Diamond District (47th Street da Fifth até a Sixth Avenue) está repleto de lojas e casas de câmbio. Imagine uma loja com mais de dois milhões de itens de joalheria fina e diamantes – assim é esse lugar, com uma incomparável seleção de estilos e todos os preços imagináveis, do mais barato ao mais caro. E não é difícil fazer um bom negócio por ali: os comerciantes estão sempre circulando pela rua para garantir que seus preços não poderão ser batidos. Na vizinhança, também se reúnem museus, incluindo as importantes coleções do Museum of Modern Art (MoMA), do International Center of Photography, do Museum of Arts & Design e do Paley Center for Media, além do famoso prédio principal da New York Public Library (a biblioteca de humanidades e ciências sociais).
Esse bairro fica no noroeste da cidade e uma de suas “esquinas” é o Columbus Circle, o cruzamento da Broadway com a 59th Street. Ali, a interseção caótica das avenidas do oeste da cidade aos poucos dá lugar a uma região tranquila e interessante. (O local também é lar do Shops at Columbus Circle no prédio Time Warner Center, com uma coleção de lojas de grife, exposições e a casa de show Jazz at Lincoln Center). Os fãs de arquitetura gostam de passear pelas vias Central Park West, West End Avenue e Riverside Drive para observar os amplos e chiques prédios residenciais. Quem cruzar pelas ruas perpendiculares vai encontrar uma paisagem tomada por casas charmosas.
Na esquina da Central Park West com a 72nd Street está o prédio Dakota, onde já residiram muitos famosos. Seu morador mais célebre foi John Lennon, que está imortalizado do outro lado da rua no memorial Strawberry Fields, no Central Park.
Não deixe de visitar o centro cultural Lincoln Center. Olhando para a fonte a partir da Broadway você vê à sua esquerda o New York State Theater, que abriga o New York City Ballet. Além da fonte está a Metropolitan Opera House, e através das janelas dá para ver os quadros de Marc Chagall. Ali se apresentam a Metropolitan Opera e o American Ballet Theatre. À sua direita fica a sede da New York Philharmonic, o Avery Fisher Hall.
Para quem gosta de museu, o Upper West Side é um tesouro. Vale conhecer o New York Society Historical Museum, o Children’s Museum of Manhattan, o American Folk Art Museum e o American Museum of Natural History.
Lembre-se também de fazer um piquenique no Riverside Park, à beira do Hudson River. O calçadão, que começa na 80th Street, é largo o suficiente para carrinhos de bebê, cachorros e skatistas aproveitarem juntos. Ancorados no 79th Street Boat Basin estão casas flutuantes, lanchas e iates, onde os nova-iorquinos adoram viver e se divertir.
Há também atraentes restaurantes e lojas ao longo da Columbus Avenue e um mix de bodegas, bares e butiques pela Amsterdam Avenue. Um pouco mais distante estão a Columbia University, a Cathedral Church of St. John the Divine (a maior catedral do mundo), o mausoléu Grant’s Tomb, a Riverside Church, e o museu Cloisters.
O Upper East Side mantém sua reputação como o lar das tradicionais famílias da elite nova-iorquina. Aqui está o Museum Mile, bem como o glamour, as grifes de luxo e os ótimos restaurantes. O bairro começa no Plaza Hotel na 59th Street e sobe até a 105th Street no lado leste do Central Park. A criação do parque em meados do século 19 conferiu à região sua identidade, mas as avenidas só se desenvolveram para valer após a abertura do Metropolitan Museum of Art na década de 1870.
Quem for até a 88th Street verá a Gracie Mansion, a casa oficial do prefeito. A grande estrutura é cercada pelo amplo Carl Schurz Park, com gramados e banquinhos. Ao sul da 81st Street está o calçadão John Finley Walk, ao longo da avenida FDR Drive. Com playgrounds e campo para soltar os cachorros, este é um lugar agradável para trazer a família numa tarde.
O Upper East Side continua a atrair um grupo de moradores influentes. O status foi confirmado depois que a ferrovia ao longo da Park Avenue foi enterrada, o que permitiu que casas luxuosas fossem construídas no início do século 20. (O CEP do bairro, 10021, é conhecido como um dos mais prósperos dos EUA.) Para acomodar os residentes, foram abertas muitas grifes de estilistas na Madison e Fifth Avenues e em qualquer dia é possível ver uma celebridade passeando por essas lojas.
Um dos componentes mais cativantes desse bairro é a área que reúne diversos museus, conhecida como Museum Mile. Sediado numa construção icônica do Frak Lloyd Wright, o Guggenheim Museum tem um dos melhores acervos do mundo de arte moderna e contemporânea, incluindo trabalhos de Picasso, Matisse e Modigliani. Para inspirar futuros arquitetos, o museu recentemente lançou um guia multimídia de arquitetura para crianças (idades de 7 a 12), que revela os segredos do design do prédio. Os demais museus que pertencem ao Museum Mile são El Museo del Barrio, Museum of the City of New York, Jewish Museum, Cooper-Hewitt, National Design Museum, National Academy Museum and School of Fine Arts, Solomon R. Guggenheim Museum, Neue Galerie New York, e o Metropolitan Museum of Art. The Frick Collection também está na área.
Também nessa região está a Frick Collection, uma antiga mansão que abriga pinturas europeias, assim como porcelanas e móveis históricos. O museu mais novo do Upper East Side é uma filial do Met, o Met Breuer, inaugurado em 2016 e dedicado à arte moderna e contemporânea. O Met Breuer fica no prédio que antes abrigava o Whitney Museum of American Art, uma estrutura chamativa entregue em 1966 e concebida pelo arquiteto da escola Bauhaus, Marcel Breuer. O charme do Upper East Side se encontra nas calmas ruas residenciais que atraem famílias e casais. Depois de fazer compras ou passear pelos museus, você verá uma paisagem bem relaxante, o que torna esse bairro um dos locais mais serenos da cidade.
Os visitantes chegam ao Harlem atraídos por seu ritmo único, sua beleza e sua rica e colorida história. Com variados pontos históricos, atrações culturais, lojas exclusivas e restaurantes, o bairro é um dos principais destinos da cidade. E, embora seja mais conhecido por atrativos como a casa de espetáculos Apollo Theater, o museu The Studio Museum in Harlem, o restaurante Sylvia’s, o imponente campus da Columbia University, a única representante nova-iorquina da liga de elite universitária Ivy League, e o centro de pesquisa Schomburg Center for Research in Black Culture, tem muitos outros endereços imperdíveis.
Chegar ao Harlem é fácil, basta pegar um metrô sentido uptown (o norte da cidade). Para caminhar pela região ou aderir aos passeios turísticos via ônibus, consulte as agências Harlem Spiritual ou Harlem Heritage Tours.
O Harlem e as vizinhanças de Hamilton Heights, Manhattanville e Sugar Hill reúnem algumas das mais proeminentes instituições de cultura negra do país, incluindo o Harlem Stage, um espaço que sedia apresentações de dança e música. Fundado em 1968, o National Black Theatre é um misto de centro cultural e de ensino que realiza eventos e workshops por toda a região.
Vizinho do Harlem, Washington Heights foi reduto de judeus vindos do Leste Europeu até se transformar, na década de 1960, em um centro de cultura dominicana. Em direção ao norte, Inwood passou por um processo semelhante: concentrou imigrantes irlandeses antes de também se tornar um enclave dominicano. A região ainda abriga o Hispanic Society of America (613 W. 155th St.), uma incomparável fonte para pesquisas sobre a história e a cultura de Portugal, Espanha e América Latina. Em seu acervo, há livros, manuscritos, pinturas, cerâmicas e inúmeros outros tipos de tesouro.
Maior festival ao ar livre da cidade, o Harlem Week ocorre entre o fim de julho e o começo de agosto. Na programação, inclui-se o evento musical Uptown Saturday Nite, que dura um dia inteiro, além de um festival infantil, uma mostra de carros e jantares especiais.
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